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PERSPECTIVAS PARA A CURRICULARIZAÇÃO DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA EM CURSOS DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO DO SEMIÁRIDO NORDESTINO;
GABRIEL VIEIRA DA SILVA SILVA, FELIPE GUILHERME DE OLIVEIRA MELO, ANGELO MARCIO OLIVEIRA SANT'ANNA;
A Engenharia de Produção é historicamente associada à ênfase na eficiência produtiva em detrimento de questões sociais e ambientais. Nesse sentido, a extensão universitária emerge como um dos pilares centrais para repensar o papel da engenharia na sociedade. A Resolução nº 7/CNE/CES estabelece que as atividades de extensão devem compor, no mínimo, 10% (dez por cento) do total da carga horária curricular estudantil dos cursos de graduação, motivando coordenadores e Núcleos Docentes estruturantes a repensassem a estrutura curricular dos seus cursos sob a perspectiva da atuação na e para a sociedade. À luz dessas considerações, este artigo visa apresentar as perspectivas para a curricularização da extensão universitária no âmbito dos cursos de Engenharia de Produção no Seminário Nordestino. Tem-se uma pesquisa descritiva baseada nas abordagens qualitativas de análise documental e na entrevista semiestruturada. Foram entrevistados cinco docentes. As entrevistas foram gravadas, transcritas, revisadas e analisadas por meio da técnica de Análise de Conteúdo. As falas dos entrevistados revelam que a curricularização da extensão universitária, especialmente nos cursos de engenharia, emerge como um tema de relevância e complexidade. As opiniões convergem em torno de diversos impactos tanto na formação dos estudantes quanto na sociedade em geral e divergem significativamente quanto à operacionalização dentro das matrizes curriculares. As ações para curricularização incluem a criação de Projetos Integradores, inclusão de carga horária de extensão em disciplinas curriculares, criação de disciplinas específicas de extensão, realização de eventos de extensão e atuação de empresas juniores. A curricularização da extensão nos cursos de Engenharia de Produção pode promover uma formação mais abrangente e socialmente responsável. Ao integrar teoria e prática, academia e sociedade, essas iniciativas contribuem para a formação de profissionais mais preparados para enfrentar os desafios contemporâneos e para o desenvolvimento sustentável. Conclui-se que não existe um modelo único, cartesiano, para curricularização da extensão universitária no ensino de engenharia. As instituições de ensino e os cursos de graduação precisam de um olhar apurado para as necessidades da sociedade em seu entorno (contexto local/necessidades regionais) para assim explorar alternativas alinhadas as áreas de atuação dos cursos.
Atividades de Extensão. Ensino de Engenharia de Produção. Extensão Tecnológica. Práticas Extensionistas.
