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DIÁLOGOS POSSÍVEIS E NECESSÁRIOS ENTRE A IMPLEMENTAÇÃO DAS NOVAS DCNs DA ENGENHARIA E AS PEDAGOGIAS DE PAULO FREIRE;
SANDRA MARA SANTANA ROCHA, CARLOS EDUARDO SCHMIDT CASTELLANI, THAIS PEDRUZZI DO NASCIMENTO;
As exigências do mundo corporativo devido às mudanças impostas pela globalização e evolução tecnológica fez com que o mercado buscasse um engenheiro formado por competências. Frente à lacuna apresentada entre os egressos dos cursos de engenharia e o profissional requerido pelo mercado de trabalho, o Ministério da Educação (MEC) criou as novas DCNs dos cursos de engenharia, publicadas em 2019. Texto este que ao ser comparado com as DCN de 2002, traz a importância de definição do perfil do egresso e a formação por competências que devem ser definidas no Projeto Pedagógico do Curso (PPC). Assim, após uma leitura minuciosa das DCN de 2019, percebemos a influência das pedagogias de Paulo Freire em seu texto, o qual não podemos afirmar ser proposital, mas é perceptível a dificuldade de implementar estas DCNs sem dialogar com este autor. Pois as novas DCNs propõem um perfil de egresso impossível de ser alcançado pelo ensino tradicional, exigindo de uma certa forma que deixemos de lado o ensino bancário para adotar uma pedagogia crítica e emancipatória, que permita que os engenheiros formados à luz das novas DCNs sejam criativos, críticos e protagonistas de seu aprendizado.
Paulo Freire, Pedagogia do oprimido, Novas diretrizes Curriculares