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AS ARTICULAÇÕES ENTRE AS ATIVIDADES DO CURSO E O PAPEL DO PROFESSOR QUE ENSINA MATEMÁTICA NOS CURSOS DE ENGENHARIA;
STEFANE LAYANA GAFFURI, WALTER ANTONIO BAZZO, PAULA ANDREA GRAWIESKI CIVIERO;
A complexidade e a diversificação de solicitações que hoje se colocam na sociedade têm despertado questionamentos quanto à adequação dos currículos dos cursos superiores, bem como a formação do professor perante o desenvolvimento tecnológico e humano dos estudantes. Ao analisar a formação dos engenheiros, isso é ainda mais desafiador, visto que esses profissionais têm sua carreira pautada em um mercado de trabalho que está em constante transformação, o que lhes cobra atualização contínua e altas exigências de formação. Diante disso, nesse artigo são analisados o sexto e o décimo quarto artigo das novas Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de engenharia (resolução CNE/CES nº 2/2019), com o objetivo de fazer interlocuções entre as atividades do curso e a prática docente, ao refletir sobre como o ensino de matemática pode contribuir para analisar as soluções dos desafios contemporâneos desse profissional. Para isso, defende-se a importância da inclusão de atividades com enfoque em Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS), que busquem compreender e encontrar subsídios para proporcionar um estudo crítico e interdisciplinar da ciência e da tecnologia no contexto atual. Para conduzir o estudante a uma visão mais ampla dos modelos matemáticos, conclui-se ser necessário integrar habilidades técnicas às competências interdisciplinares da matemática, ao explorar também variáveis sociais e humanas, relacionando-as com as dimensões tecnológicas, científicas, econômicas, sociais, ambientais e éticas, e assim aproximar a formação do egresso do contexto social.
Educação em Engenharia; Diretrizes Curriculares Nacionais; Formação Docente; Educação Matemática; CTS.