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Jul 1 2024 11:26PMJul 1 2024 11:26PMPARA ALÉM DA SALA DE AULA: AÇÕES PARTICIPATIVAS PARA AMPLIAR A INSERÇÃO DE MULHERES EM STEM;

Marinilda Lima, Andrea de Matos Machado, Jorsiele Damasceno Cerqueira, Milena Lopes Calasans de Souza, Bruna de Araújo Soares;

COBENGE23

[100] 09. Inclusão, Diversidade, Pluralidade e Cidadania

[318] 09.Inclusão, Diversidade, Pluralidade e Cidadania

De acordo com os dados do Fórum Econômico Mundial (WEF, 2022) as mulheres continuam subrepresentadas nas áreas de STEM. Considerando a graduação em todas as áreas, a porcentagem de mulheres licenciadas em TIC é de 1,7%, em comparação a 8,2% de homens graduados. Em engenharia e manufatura, as mulheres representam não mais que 6,6% e os homens 24,6%, dos graduandos nestas áreas. Dados da ONU Mulheres Brasil (2018) denotam que as mulheres estão fora dos principais postos de trabalho gerados pela revolução digital, sendo que somente 18% delas têm graduação em Ciências da Computação. Para UNESCO (2022) a participação de mulheres nas áreas de STEM é essencial para evitar a reprodução de desigualdades na produção científica e na criação de algoritmos de tecnologias que impactam de maneira significativa na vida em sociedade da atualidade, portanto, trata-se de direito individual e de necessidade social. De acordo com a UNESCO (2018) a sub-representação das meninas na educação em STEM têm raízes profundas e estabelece uma barreira prejudicial ao avanço rumo ao desenvolvimento sustentável. Assim, é preciso cada vez mais ações e programas que estimulem e possibilitem a inclusão de mulheres nas carreiras de STEM. Neste sentido, entendendo a importância e necessidade da promoção de ações e iniciativas que possam contribuir para estimular, motivar e promover a inserção e manutenção de meninas nas carreiras dos campos de STEM, este artigo tem como objetivo apresentar ações estratégicas e participativas, para além da sala de aula do projeto Garotas 4.0 - Conexão para Mudar o Mundo! O propósito do projeto é aproximar, inspirar e orientar meninas do ensino médio e ou fundamental para o ingresso em carreiras voltadas às Ciências Exatas, especificamente, em cursos de engenharia. Além das oficinas práticas, atividades gamificadas e aprendizagem criativa, as participantes do projeto tem a possibilidade de participar de visitas técnicas a uma instituição de ensino superior e as empresas do ramo industrial. No centro universitário, as integrantes visibilizam toda infraestrutura laboratorial, o ambiente acadêmico e de pesquisa, e sobretudo, a participação de mulheres cientistas na área de STEM. Nas empresas do setor produtivo a proposta é desmitificar "profissão de homem" e "profissão de mulher" no mundo do trabalho e mostrar para as integrantes do projeto que as mulheres atuam e estão inseridas em várias profissões relacionadas as áreas de STEM. Destaca-se que a realização das atividades para além da sala de aula é bastante promissora e positiva já que possibilita que as integrantes do Garotas 4.0 possam explorar novos espaços, despertar interesse e se conectar com o universo de aprendizagem e diversidade de oportunidades para atuação nas áreas de STEM.

Mulher; STEM; Gênero; Educação; ODS.
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