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Jul 1 2024 11:26PMJul 1 2024 11:26PMUERJ NO CAMPO: UMA SÍNTESE DOS IMPACTOS E DESAFIOS NAS AÇÕES EXTENSIONISTAS NA ENGENHARIA;
Luiz Carlos Cordeiro Jr, Amyr Saraiva Marassi, Julia Andrade Silva, Erick Zoellner De Moura;
COBENGE23
[98] 07. Extensão na Educação em Engenharia
[316] 07.Extensão na Educação em engenharia
O projeto de extensão UERJ no Campo é uma iniciativa de alunos e professores da Faculdade de Tecnologia da UERJ, localizada em Resende- RJ, que tem como objetivo levar praticidade à vida no campo e também auxiliar no processo de desmistificação do uso de tecnologias através do desenvolvimento de soluções rentáveis e também sustentáveis para problemas apontados pelos produtores rurais. Esse contato entre a universidade e os produtores rurais da região Sul Fluminense é fortalecido pelas parcerias com o Sindicato Rural de Resende e com a o escritório local da EMATER-RJ, conquistadas ao longo dos quase 5 anos desde a criação do projeto.
Além do caráter social que o projeto possui, auxiliando vários produtores rurais na solução dos problemas apontados pelos mesmos ou observados pela equipe de discentes e docentes em visitas às propriedades rurais atendidas, há também um viés técnico, que busca capacitar os alunos em técnicas de construção e manutenção dos equipamentos desenvolvidos e na validação de modelos analíticos apresentados teoricamente em sala de aula. Contudo, os benefícios desse caráter técnico não se voltam apenas ao corpo discente, mas também aos próprios produtores rurais, público alvo do projeto, uma vez que são desenvolvidas oficinas nos laboratórios de Motores, Hidráulica e Pneumática e de Fenômenos de Transporte da UERJ-Resende e conteúdos didáticos, como o e-book do projeto UERJ no Campo.
Dentre os equipamentos desenvolvidos pelo projeto UERJ no Campo, destacam-se as bombas carneiro (com 1", 3/4" e 1/2" de diâmetro), um sistema automático de aquecimento para circuitos de ordenha, pluviômetros de baixo custo, um coletor solar itinerante, um totem fotovoltaico e um protótipo de um desidratador de alimentos, que proporcionou o início da construção do primeiro modelo final desse equipamento, que visa a redução das sobras de alimentos e a geração de renda através do uso de placas coletoras solares.
Fora as habilidades técnicas desenvolvidas, a atividade extensionista exige que os alunos desenvolvam e aprimorem uma série de habilidades comportamentais, uma vez que é preciso que lidem com o público, tenham noções de empatia e coletividade para um bom trabalho em equipe e também sejam organizados e responsáveis, de modo que seja feita uma boa gestão. No decorrer do projeto, foi muito observado o ganho de maturidade por parte dos alunos, que permitiu que desenvolvessem outras habilidades comportamentais essenciais para que as atividades fossem concluídas com êxito.
De fato, esse ganho de maturidade não foi útil apenas ao projeto de extensão, mas também refletiu nos eixos pessoal e profissional de cada aluno, gerando resultados paralelos à atividade extensionista, como a premiação do primeiro lugar na categoria de mobilidade inteligente, conquistada por um grupo de alunos vinculados ao projeto que participou do Inova-San, concurso promovido pela empresa Nissan.
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