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A linguagem como parte constituinte da Aprendizagem Ativa: discussão sobre inovações metodológicas na Educação em Engenharia;
THAIS DE SOUZA SCHLICHTING, OTILIA LIZETE DE OLIVEIRA MARTINS HEINIG;
COBENGE17
[1] 01. Métodos e Meios de Ensino/Aprendizagem de Engenharia e de Tecnologia
[2] 01.2. Estratégias Pedagógicas
Transformações tecnológicas e reflexos da globalização são, atualmente, agentes modificadores das dinâmicas sociais e profissionais, pois geram demandas por profissionais que respondam às transformações ocorridas, contexto no qual a área da engenharia se insere especialmente. Essas novas demandas refletem em inovações no processo de ensino e aprendizagem e nas atividades empreendidas nesse campo. O presente trabalho, então, tem como objetivo analisar processos nos quais a linguagem se torna parte constituinte da aprendizagem ativa nas formações acadêmica e profissional em engenharia. Para tanto, são analisadas entrevistas realizadas com professores e acadêmicos do 7.º semestre do Mestrado Integrado em Engenharia e Gestão Industrial (MIEGI) da Universidade do Minho, que por meio de projetos curriculares pautados na aprendizagem ativa, insere os acadêmicos em empresas para um semestre de estágio. As análises, de cunho interpretativista, ancoram-se: a) nas compreensões dos Novos Estudos do Letramento; b) nas concepções do Círculo de Bakhtin; e c) nas orientações da aprendizagem ativa. Os dizeres dos sujeitos sinalizam que, durante o projeto, os acadêmicos transitam entre o mundo do trabalho e a universidade, respondendo a demandas de linguagem características dessas esferas e se apropriando tanto da linguagem profissional quanto da academia. Mais do que meio pelo qual são empreendidas orientações e apresentações, a linguagem se torna parte constitutiva da formação dos sujeitos, pois os movimentos de efetiva inserção nas esferas sociais são perpassados pela interação em práticas de linguagem.
Linguagem, Aprendizagem ativa, Educação em engenharia, Inovações metodológicas.